terça-feira, 28 de março de 2017

ADORAÇÃO AO AUTOR DA VIDA


Olhando a situação atual das Igrejas, há um processo de desistência por parte de muitos cristãos quando se diz respeito à vontade de Deus. Em muitas situações há a negligência, esquecendo-se do propósito ao qual fomos Salvos.
Para começar, é necessário explicar corretamente alguns aspectos, como, por exemplo; nosso propósito. Por que estamos aqui? Qual o motivo de estarmos vivos? A resposta a esta pergunta é simples até demais, simplesmente estamos vivos porque Deus quis que existíssemos. Tudo foi feito por Deus, criado por Ele, porque simplesmente quis criar a existência de tudo existente. A resposta é simples, por isso, em nossa lógica, surgem questionamentos a este respeito. O motivo destas indagações é o simples fato de não aceitarmos a simplicidade da resposta, buscando algo além do dito. Nesta situação há realmente apenas um porém, a adoração. Deus criou tudo existente com o único propósito de O adorar. Ele quer da existência total do universo O adore constantemente.
Este fato é algo simples, surgindo outros questionamentos por parte do ser humano. Dentre eles o significado de adoração. São criadas regras em cima de regras para “calcular” o significado de adoração, porém esta aparente visão não deve ser considerada.
Nos tempos bíblicos, mais precisamente no Evangelho segundo Lucas, no capítulo 15 os fariseus e escribas começaram a questionar Jesus sobre Seus feitos, sobre Suas atitudes, pois eles acreditavam ser através das regras judaicas haver a salvação, esquecendo que a verdadeira salvação gera a verdadeira adoração chamada de obediência. Estes estudiosos da época esqueceram da vontade de Deus, do real propósito de Deus ter escolhido o povo de Israel para si. Este estreitamento os cegou ao ponto deles criarem regras humanas para servir a Deus. Acharam que através disso iriam alcançar a misericórdia de Deus, sendo salvos. Pura ilusão, pois este meio não gerou isso.
De fato Deus quer adoradores e para isso realmente ocorrer deve ser através de obediência. Obedecer a vontade de Deus é parte da atitude de um adorador, porém esta é a consequência, não uma atitude impositiva como os escribas e fariseus fizeram. Quando Deus disse para Abraão sair de sua casa e ir a outro lugar longe, Ele também disse para abençoar a todos os povos da terra. Isso significa, levar as outras nações o conhecimento do único e verdadeiro Deus. O tempo passou e o povo de Israel esqueceu de obedecer a Deus. Por isso o Senhor enviou inúmeros profetas para fazer o povo escolhido voltar a obedecê-Lo, mesmo assim não teve retorno. Por causa disso, veio o próprio Deus em forma humana, Jesus, para mostrar o caminho a ser seguido. Mesmo assim, os judeus estudiosos continuaram negando a Deus.
Por isso Jesus ensinava aos seus discípulos a ir para todas as pessoas, evangelizando-as. Isso gerou desgosto por parte dos escribas e fariseus, começando a O questionar, porque esqueceram de cumprir a vontade divina. Sendo assim, Jesus começou a contar três parábolas. Todas as três tem o mesmo significado principal, por isso será descrita apenas a primeira delas. Em Lucas 15: 3-7 diz:

Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”

Se prestarmos atenção nestes versículos, pode ser percebido uma conversa dura, um tanto agressiva, pois compara as 99 ovelhas perdidas, contudo aquela única afastada e encontrada foi a arrependida.
Aqui, nesta representação, as ovelhas são pessoas. No caso o pastor das ovelhas é Deus. A ovelha perdida é composta por pessoas não judias, ou seja, não escolhidas. Deus estipulou para o povo judeu ir atrás e levar a Palavra de Deus para os outros povos, porém eles não o fizeram. A ovelha perdida é aquela afastada da vontade de Deus. Porém o próprio Jesus, o pastor, foi buscá-la por estar arrependida. Esta ovelha afastada foi realmente salva.
Agora, as 99 que ficaram no aprisco, ou seja, dentro do povo de Israel, com conhecimento da vontade de Deus, mas sem fazer nada, estas realmente não serão salvas. Aqui é demonstrado o valor. Jesus mostra com isso a vontade de Deus em buscar o perdido, ressaltando o propósito de ter formado o povo de Israel, para mostrar a todos os povos o verdadeiro Deus. Por isso Jesus veio e formou 12 discípulos com o propósito de recomeçar o povo do Senhor, de recomeçar o que os Judeus não quiseram cumprir.
Deus, através de Jesus, Seu filho, recomeçou a construir seu povo, do zero, para o cumprimento da vontade divina, de trazer ao conhecimentos de todos os povos, de todas as culturas, de todas etnias, a respeito do único caminho para ser salvo; mostrar o único merecedor de ser adorado, o próprio

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Justificação Bíblica



Para muitos a santificação é um ato, onde ao receber a Cristo Jesus como suficiente salvador, já é reestabelecida uma nova vida, havendo um ato imediato de transformação, tornando a pessoa santa. Infelizmente este acontecimento não existe, pois mesmo quando o Espírito Santo converte o coração humano, hábitos, atitudes errôneas ainda são feitas por estas pessoas.
Mesmo já estando no caminho de Deus, ainda há muito a ser feito, pois é apenas o início. Quando alguém recebe a Cristo como Senhor e Salvador, começa uma transformação na mente e coração do indivíduo, porém ainda existem atitudes antigas neste ser. Com o passar dos anos vai tendo uma mudança de vida, uma transformação, onde muitas atitudes são mudadas para se enquadrar dentro da vontade de Deus. Mesmo assim, o processo de santificação dura a vida toda. Apenas depois da morte acontece a completa mudança do indivíduo.
Resumidamente:Podemos definir santificação como a graciosa operação do Espírito Santo, que envolve nossa participação responsável, pela qual ele nos livra da poluição do pecado, renova nossa natureza inteira segundo a imagem de Deus e habilita-nos a viver de forma a agradá-lo.”1, continuando na mesma página, Hoekema afirma: “A santificação, além do mais, efetua uma renovação da nossa natureza – isto é, provoca mudanças de direção e não de substância.”.
Apesar de ser uma mudança, leva-se tempo para uma total transformação, a qual durante o ciclo da vida há o aperfeiçoamento. O resultado da santificação nada mais é do que obedecer a Deus e Sua vontade soberana. Porém, para se adequar a vontade divina é necessária constantes mudanças. Apesar de haver a justificação, o cristão ainda é pecador e passível de erros, pois a velha natureza ainda tenta dominar. O combate diário do cristão é em torno da entrega total e sem medida a Deus, como no caso de Ana em 1Samuel 1, onde houve uma entrega total de corpo, alma e espírito nas mãos de Deus.
Apesar de não parecer, a santificação é um longo e árduo processo iniciado quando a pessoa recebe a Cristo como único e suficiente Salvador. Este longo processo apenas é iniciado neste momento. A caminhada do dia a dia é necessária, sendo de total importância para uma contínua mudança. Além disso, o conhecimento bíblico para haver esta mudança acaba sendo imprescindível, ajudando ao novo cristão na caminhada.

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1HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág. 190.

Justificação Bíblica


Ao se falar sobre isso, vem a mente algumas perguntas. Uma delas, e talvez aquela a envolver todas as outras seja: O que é justificar? Resumidamente, uma justificativa nada mais é do que dar um motivo para ter feito algo. Um exemplo bem simples é se perguntar para uma mãe por que ela prepara o almoço para seus filhos todos os dias? Logicamente ela irá responder que é para alimentá-los. O motivo dela fazer o almoço é para alimentar seus filhos. Em outras palavras, a justificativa desta mãe é para alimentar os filhos.
Justificar é tornar uma atitude viável a ser feita. Em romanos é dito o seguinte: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”1 Lendo atentamente estes versículos pode-se observar que a justificativa de um pecador que recebeu a Cristo como suficiente Salvador é o próprio Jesus. Por causa do mérito Dele na Cruz o pecador remido passa a ter uma justificativa para não ser condenado.
No Antigo Testamento, Berkhof explica o significado:

O termo hebraico para 'justificar' é hitsdik, que, na grande maioria dos casos, significa 'declarar judicialmente que o estado de uma pessoa está na harmonia com as exigências da lei' (…). O piel tsiddek ocasionalmente tem o mesmo significado (…) O sentido destas palavras é, pois, estritamente forense ou legal.”2

Como pode ser observado, justificar é dar legitimidade a algo. No Novo Testamento existe uma expressão chamada dikaioo, como é descrita a seguir:

O verbo dikaioo. Este verbo significa, em gera, 'declarar que uma pessoa é justa'. Ocasionalmente se refere a uma declaração pessoal de que o caráter moral da pessoa está em conformidade com a lei (…). Nas Epístolas de Paulo, é evidente que o significado soteriológico do termo ocupa o primeiro plano. É, 'declarar em termos forenses que as exigências da lei, como condição de vida, estão plenamente satisfeitas com relação a uma pessoa'.”3

Como pode ser percebido, justificar é cumprir a lei. Ninguém cumpriu as leis de Deus completamente, porém o único a fazer isso foi Cristo Jesus. Devido a Ele, somente por causa Dele, por Ele ter cumprido a Lei de Deus por completo, o remido passa a ser justificado e coerdeiro com Deus de viver no Paraíso. Lembrando que, ninguém é merecedor, pois todos são pecadores, contudo, por causa do merecimento de Jesus, todo aquele quanto o receber como único e suficiente Salvador será Salvo pela justificação Dele.
Justificar não significa dizer não ter culpa determinada pessoa, porém é dar um motivo para não condená-la. Com um bom motivo, o merecedor da condenação passa a ser absolvido por ter um porque de ser condenado. No caso do cristão é o merecimento de Cristo.

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1Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista e Atualizada. Romanos 8:1-2
2BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 6ª ed. Cultura Cristã, São Paulo, 2001. pág. 471.
3Idem. Pág. 471.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Fé Bíblica



Para se iniciar esta parte, deve-se compreender o significado de fé. Dentro do conceito bíblico, fé é quando se espera sem ter um motivo concreto para se acreditar. Quando digo de algo concreto, descrevo como sendo uma situação a qual se possa tocar, ou até mesmo ver, porém fé não é uma destas situações, pois necessita acreditar mesmo sem a possibilidade de se ver. Como diz o escritor bíblico de Hebreus 11:1: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.”1
Quem pode provar, de forma lógica ser salvo? Existe uma possibilidade de ir à um júri provando a existência da salvação? Digo isto de forma palpável, material; de garantia espiritual. De fato este ato é impossível de ser feito.
Quando se fala em fé, pode-se lembrar de todos dizendo a respeito desta palavra, porém cada um com conceito diferente um do outro, porém algo em comum chama a atenção, pois todos querem estabilidade. Seja na área material ou emocional, o ser humano busca uma estabilidade. Várias religiões prometem tais coisas, porém a humanidade continua em um ciclo de busca contínua, pois o lado espiritual está vazio por completo sem Deus.
Por causa desta falta, muitos buscam em diversas religiões este preenchimento, contudo ainda assim não se encontra completamente. Ao perceber isso muitos desistem das religiões, porém outros tentam focar ainda mais, mesmo sem encontrar tal. Este ciclo vicioso perpetua constantemente no convívio humano desde a queda de Adão e Eva.
A realidade do cristianismo quanto a fé é diferente, deve-se “antes, crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”2 O crescimento só pode ser feito como foi escrito em Mateus: “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.3 Talvez lendo este versículo não pareça ter a ver com fé, porém este explica da proporcionalidade do conhecimento de Deus. Quanto maior o conhecimento das Escrituras Sagradas, maior é o conhecimento do próprio Deus. Ainda explicando melhor o que tem a ver com fé. Quanto mais se conhece em Deus, maior sua confiança Nele; isso resulta em maior fé na Soberania de Deus.
Hoekema define fé da seguinte forma:

...Fé é olhar para fora de si, baseando-se somente em Cristo para salvação. É a apropriação pessoal de Cristo e seus méritos. Significa descansar na obra consumada de Cristo e aceitar que o que ele fez como tendo sido feito por nós. Nas palavras do Catecismo de heidelberg, fé é ' a bem-fundada certeza, criada em mim pelo Espírito Santo por meio do evangelho, de que(...) não somente outros, mas eu mesmo tive meus pecados perdoados, fui feito justo para sempre diante de Deus, e tive garantia a minha salvação'.”4

Quanto maior a entrega, mais se confia em Deus. Quanto maior a confiança, proporcionalmente a fé é maior. Nesta qualidade, a confiança é a palavra-chave para fé, porém esta entrega só é feita a partir do conhecimento inicial de Deus. O Catecismo de Heidelerg, na trigésima segunda pergunta responde da seguinte forma:

Porque pela fé sou membro de Cristo e, por isso, também sou ungido (2) para ser profeta, sacerdote e rei. Como profeta confesso o nome dEle (3) ; Como sacerdote ofereço minha vida a Ele como sacrifício vivo de gratidão (4) ; e como rei combato (5) , nesta vida, o pecado e o diabo, de livre consciência, e depois, na vida eterna, vou reinar com Ele sobre todas as criaturas (6). ”.5

Além de confiar, deve-se ter a atitude adequada para tal tarefa. O maior ato de confiança se chama obediência. Esta é a grande atividade a ser empregada, onde todo cristão é incumbido de levar o Evangelho a todo ser vivo em todas as partes do mundo, para qualquer etnia, cultura e crença. A fé gera muito mais do que apenas crer, impulsionando-nos a agir em favor da causa de Cristo. 

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1Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista e Atualizada. Hebreus 11:1.
2Idem. 2Pedro 3:18a.
3Idem. Mateus 22:29
4HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág. 146
5Monergismo. Catecismo de Heidelberg, Disponível em <http://www.monergismo.com/textos/catecismos/
catecismo_heidelberg.htm> acesso em 19/10/2016.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Arrependimento na Bíblia


Quando se fala sobre arrependimento, logo se lembra de uma criança desobedecendo os pais. Esta criança pede desculpas, aparentemente arrependida, porém, geralmente, volta a cometer este mesmo erro. Por vezes os pais disciplinam os filhos sobre o mesmo assunto durante vários anos, pois a criança volta a cometer os mesmo erros. Aqui surge uma pergunta: o que é arrepender-se?
Olhando para a história bíblica, existem inúmeros exemplos de arrependimento, onde os personagens voltaram a causar o mesmo ato de antes. Isso não significa uma mudança imediata, mas sim um ato de entrega a Deus. A atitude, onde o próprio Espírito Santo toca o coração é o arrependimento. Neste ato Deus está revelando ao ser humano este estar fora dos propósitos divinos, necessitando mudar seu direcionamento para Deus. O ato em si é quando se recebe a Jesus Cristo como único e suficiente salvador. Neste momento há uma genuína mudança.
Quando ocorre esta transformação, não significa uma mudança de atitude, porém o reconhecimento da soberania de Deus, aonde o ser reconhece seu papel como adorador diante do Senhor de toda criação. Para compreendermos melhor, Hoekema explica melhor o significado do grego da palavra arrependimento.

As palavras para arrependimento no Antigo Testamento são nicham e shūbh. Nicham, a forma nifal de nācham, significa estar sentido, ser movido à piedade ou arrepender-se de erros. É frequentemente usada a respeito de Deus para falar de uma mudança ou possível mudança nos seus planos: Gênesis 6.6-7; Êxodo 32.12, 14; Deuteronômio 32.36; Juízes 2.18. Essa palavra é também usada para descrever a tristeza pelo pecado em seres humanos: Juízes 21.6, 15; Jó 42.6; Jeremias 8.6; 31.19. A passagem de Jó ilustra esse segundo uso: 'Por isso me abomino, e me arrependo no pé e na cinza'.'1

Com esta explicação fica um pouco mais claro para entender melhor sobre esta palavra, contudo ainda o autor deste prossegue detalhando um pouco melhor:
Muito mais comum, porém, no Antigo Testamento, é a palavra shūbh. Essa palavra significa voltar atrás, ir na direção oposta. Isso realça o fato de que arrependimento significa uma mudança de direção, do caminho errado para o caminho certo. Significa abandonar o pecado (1Rs 8.350, a iniquidade (Jó 36.10), a maldade e os maus caminhos (Ne9.35). Positivamente, shūbh significa voltar-se para Deus: Salmo 51.13; Isaías 10.21; Jeremias 4.1; Oseias 14.1; Amós 4.8; Malaquias 3.7. A segunda parte deste último verso diz: 'Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o senhor dos Exércitos'.”2

Nesta explicação, o entendimento do significado de arrependimento fica totalmente claro, podendo ser compreendido corretamente este conteúdo.
Para ficar ainda mais claro: Imagine o percurso de uma rodovia, onde se vai de uma cidade a outra. Um percurso longo, onde se tem um destino para ser trilhado, contudo a pessoa caminha nesta direção com um propósito pessoal, para atingir um determinado objetivo. Quando o Espírito de Deus convence, este caminho passa a não fazer sentido mais, pois este direcionamento convém apenas para um desejo pessoal. O plano de Deus passa a abrir os horizontes, mostrando um novo caminho a ser seguido. Este novo percurso é certamente adorar a Deus. Porém Deus convida o novo convertido a estar incluído nesta missão, de levar a Palavra de Deus para quem ainda nunca ouviu falar da Verdade.
Ao haver o arrependimento, ocorre uma grande mudança. Geralmente quando as pessoas oram, pedem de acordo com suas idealizações pessoais, contudo quando o arrependido ora muda seu teor; pedindo porém após orar declarando a soberania de Deus dizendo: “seja feita a Tua vontade”. Esta diferença coloca o controle aonde deve estar; nas mãos divinas.
Como foi visto nesta parte do trabalho, o arrependimento gera uma mudança de mentalidade e não necessariamente de imediata atitude. Com o passar do tempo haverão mudanças em atitudes, porém o arrependimento mostra o quão pequeno é o ser humano e o quanto Deus está no controle de todas as coisas. Arrepender-se é justamente declarar de corpo, alma e espírito a soberania de Deus, colocando-se a disposição em realizar a vontade divina ao invés do próprio caminho.


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1HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág 127.
2HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág 128.

sábado, 19 de novembro de 2016

Regeneração Bíblica




Quando se fala sobre regeneração, muitos pensam em como uma célula pode recuperar, ou como uma ferida pode fechar ao ponto do machucado não mais incomodar. Esta alusão pode ser muito utilizada quando é falado sobre regeneração. A partir do pecado original em Gênesis 3 o ser humano passa a sofrer uma mudança, o pecado passa a fazer parte da vida humana. Este fator fez com que o homem ficasse separado de Deus. Em outras palavras, o pecado passa a ser feridas ou até mesmo o câncer necessitando ser curado.
A partir deste evento o homem de sadio passou a ser doente tanto no campo emocional, quanto psíquico, físico e espiritual. A necessidade da regeneração passa a ser algo natural, contudo a característica teimosa do homem não permite o tratamento. Devido ao orgulho, pessoas não buscam a Deus e nem procuram-no verdadeiramente.
Além destes fatores, o ser humano, mesmo sem admitir; sabe estar agindo de forma incorreta. No fundo há um sentimento mostrando um caminho errado, porém o pecado em si é bom aos olhos humanos. Sabendo da falta de algo, os homens buscam preencher de inúmeras formas, porém jamais buscando verdadeiramente a Deus.
A regeneração é a parte faltante deste, pois devido a natureza pecaminosa e caída, a humanidade tem uma carência espiritual bem grande, sempre tendo a necessidade de preenchê-la. Neste preenchimento espiritual, a única forma compatível é o preenchimento de religamento com Deus, porém devido a falta de submissão humana, a humanidade busca preencher de diversas formas, seja através de outras pessoas, seja pelo intelecto ou até mesmo no esvaziamento de si, porém a necessidade é real a ponto do ser humano tentar minimizar este problema com atitudes as quais faça haver o esquecimento deste.
O fato é todos terem pecado e necessitarem de Deus. Sobre isso, Hoekema explica um pouco para ajudar neste estudo.

Tem-se dito frequentemente que a doutrina que alguém professa é determinada pela sua doutrina da salvação. Isso é ainda mais verdadeiro em relação à regeneração. Nosso entendimento de regeneração depende da nossa concepção de depravação humana. Se os seres humanos hoje não forem depravados, a regeneração ou nova vida espiritual não será realmente necessária. Se a depravação humana for considerada apenas parcialmente – isto é, se o homem caído for visto ainda tendo a capacidade de voltar-se para Deus em fé à parte da obra especial do Espírito Santo – a regeneração será entendida de uma maneira totalmente diferente do que se o homem 'natural' (ou não regenerado) for visto como totalmente depravado. Se, no entanto, os seres humanos foram vistos como totalmente, ou difusamente, depravados – isto é, totalmente incapazes de voltar-se para Deus em fé à parte da obra especial do Espírito Santo, o entendimento da natureza da regeneração será diferente.”1

A compreensão deste aspecto depende muito da cosmovisão de cada indivíduo para uma compreensão correta. Para o budismo, nós também somos imperfeitos, pois não nos tornamos “iluminados” como Buda. Dentro do entendimento deles, a regeneração é dada com o esvaziamento de si mesmo.
Neste exemplo sobre Buda, é complicado, porém necessário entender os motivos dados desta visão particular. Segundo o budismo, Buda abandonou sua família, seu povo (já que era príncipe de um reino) para viver sozinho e alcançar um estado de ausência de tudo. Neste estado, segundo eles, foi onde houve uma regeneração dele ao ponto de poder se tornar uma espécie de deus aos olhos do budismo.
Diferentemente do cristianismo, o budismo acredita na vontade humana como potencial para se atingir um estado de perfeição, o qual eles chamam de deus. No cristianismo há uma dependência de Deus para se chegar a este estágio, onde se assemelhar com Cristo é o alvo. Dentro do processo de regeneração, por um lado é um ato imediado onde o Espírito Santo trata no mesmo instante, porém há uma sequência de tratamento de Deus durante a caminhada cristã.
Segundo o budismo apenas uma pessoa pode decidir pela mudança, para o cristianismo somente Deus pode causar esta mudança.

Já no Antigo Testamento somos ensinados que só Deus pode fazer a mudança radical que é necessária para capacitar os seres humanos caídos a fazer o que é agradável aos seus olhos. Em Deuteronômio 30.6 encontramos nossa renovação espiritual figurativamente descrita como a circuncisão do coração: 'O Senhor, teu Deus, Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas'. O coração é o cerne íntimo da pessoa, e a Bíblia nos ensina que Deus nos limpa interiormente antes que o possamos amar verdadeiramente. O que chamamos de regeneração é exposto por Jeremias nestas palavras: 'Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu deus, e eles serão meu povo' (31.33). Ezequiel usa uma figura para ilustrar regeneração que, embora reflita o modo de pensar do Antigo Testamento, é usada ainda hoje: 'Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne' (36.26; cf 11.19). Aqui, Deus, por meio de Ezequiel, promete aos exilados na Babilônia que no futuro os renovará a partir do interior.”2

Aqui demonstra claramente que Deus é quem regenera, não podendo ser feito através de atitudes humanas. Este fato é uma diferença bem considerável a qualquer religião no mundo, pois todas dependem da atitude humana e não da ação de Deus; deixando apenas o cristianismo onde é Deus quem tem a atitude em fazer.
Esta regeneração ocorre quando há a transformação de vida, em outras palavras, quando Cristo liga aquela pessoa com Deus. Quem fez esta ponte de amor foi Deus, quando enviou Seu único Filho ao mundo para redimir a muitos com Deus. Este elo faz a grande diferença, a qual é a causadora da regeneração destes indivíduos religados a Deus.

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1HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág 100.
2HOEKEMA, Anthony A. Salvos pela Graça: a doutrina bíblica da salvação. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. pág. 101.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

A Vocação Missionária.



Para começar será explicado a diferença entre chamado geral e chamado específico na qualidade de missões. Todo cristão é chamado para ser um missionário, representando o Reino de Deus aqui na Terra. Esta tarefa é feita pelo chamado de Deus a todos os cristãos, com o objetivo de levar o Evangelho a todos quanto possível. O chamado missionário geral é quando o cristão se torna um cristão, ou seja, recebe Cristo como único e suficiente Salvador. A partir deste momento, o cristão passa a ser um cooperador de Cristo; em outras palavras um missionário na grande Missão de Deus, de vidas se prostrando para O adorar. Quando isso acontece, o cristão tem um chamado geral. O chamado missionário específico é quando o cristão é chamado por Deus para uma região específica do planeta. Pode ser no mesmo país ou até em outro, porém Deus o está direcionando para uma localidade diferente da habitual dele, com o objetivo claro de agir em um ambiente e/ou cultura diferente.
Dado a diferenciação acima, a motivação do cristão com chamado específico deve ser de agir de acordo com a vontade soberana de Deus. O principal não é levar almas a Cristo, mas sim obedecer a Deus. Como Hawthorne diz:

A evangelização mundial é para Deus. É comum trabalharmos com base na preocupação pela situação dos povos – ou para vê-los salvos do inferno, ou para vê-los partilhar de integridade comunitária, ou ambos. Tal compaixão é bíblica e necessária. Contudo, nosso amor pelo ser humano se equilibra e fortalece quando nossa impetuosa paixão é ver Deus honrado pela bondade estendida em seu nome e ver Deus receber ações de graças de povos transformados pelo poder do evangelho.”1

Outra motivação para a atuação missionária é descrita por John Piper:

... a adoração é também o combustível das missões. A paixão por Deus na adoração precede a apresentação de Deus por meio da pregação. Você não pode recomendar o que não aprecia. Os missionários jamais exclamarão: 'Alegrem-se os povos', se não puderem dizer de coração, 'Eu me alegrarei no Senhor […] Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores' (Sl 104:34;9-2). As missões começam e terminam com adoração.”2

Em outro livro o mesmo autor descreve:

Além do mais, em nossa preocupação evangelística, nossa obrigação principal deveria ser para com aqueles que Peter Wagner, do Fuller Escola de Missão Mundial e Institude de Crescimento da Igreja, chama de 'o quarto mundo', ou seja, os mais de 2,7 milhões de povos não-alcançados do mundo. Em relação a eles, o Pacto de Lausanne diz: 'Nos envergonhamos por tantos terem sido negligenciados; é uma reprovação constante a nós e a toda a igreja'.”3

De fato é uma alegria a qual deveria sempre fazer parte, contudo alguns momentos, por ter as dificuldades, pode acontecer de ter desânimos, angústias e frustrações. Um exemplo é chegar no campo missionário, passar algum tempo e não houver nenhuma conversão. Pode causar vários sentimentos, inclusive frustração e o pensamento se está realmente fazendo a vontade de Deus. Tais questionamentos podem ocorrer devido a vários fatores, como a mudança para uma cultura diferente (em muitas situações completamente diferente), estar longe de amigos e familiares, falta de incentivo das Igrejas em sustentar, entre vários outros motivos que podem ocorrer. Toda esta conjuntura pode causar frustrações ao missionário, além da possibilidade de demorar em dar frutos no campo.
Outro aspecto corrente é a busca de resultados através de metas. As Igrejas brasileiras em sua maioria tem visado a busca de metas, onde o pastor e missionário são medidos através do resultado que é apresentado. Um grande erro, pois nem sempre um resultado rápido demonstra qualidade. Para se ter um crescimento grande da Igreja, em muitas situações ocorrer implementos de culturas não cristãs, a ponto de atrair novas vidas a Igreja. Na maioria das vezes não é utilizando a cultura como ferramente na evangelização, mas sim usando uma aculturação para crescer.
A aculturação não é saudável, pois acaba passando a ser parte da Igreja, como se fosse algo bíblico. Este fenômeno acaba se misturando no cristianismo como se fosse a verdade. Nestas situações (mais comuns atualmente) não deveriam ser aceitas pela Igreja, porém são altamente propagadas.
Utilizar a cultura como ferramente para apresentar a Graça salvadora de Deus é importante, pois esta pode ajudar na evangelização. O mesmo foi feito por Paulo em Atos: “porque, passando e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar no qual está escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.”4 Paulo observou por três semanas aquela cidade antes de usar um elemento local como meio de evangelismo.
Nesta situação como exemplo o Apóstolo Paulo não misturou o cristianismo com outras religiões, apenas utilizou de uma forma para aquelas pessoas pudessem ouvir sobre o Plano da Salvação. A ideia do Apóstolo era falar de uma forma onde quem escutasse conseguisse compreender de forma clara a Mensagem de Salvação.
Apesar de terem muitas dificuldades, a Missão de Deus deve continuar, pois é a vontade soberana para todo aquele que crê em Deus. Não necessitam de motivos, basta ser justamente porque é a vontade Dele para nossas vidas. Pelo amor que Deus concede; este deve ser o motivo de obedecê-Lo sem questionamentos. No próxima parte deste estudo trataremos um pouco mais de alguns cuidados a serem tomados nos campos do Senhor.
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1STOTT, John R. W. at all. PERSPECTIVAS: no Movimento Cristão Mundial. 1ª ed revisada. São Paulo: Vida, 2015. pág. 55.
2STOTT, John R. W. at all. PERSPECTIVAS: no Movimento Cristão Mundial. 1ª ed revisada. São Paulo: Vida, 2015. pág. 57.
3STOTT, John. A Missão Cristã no Mundo Moderno. 1ª ed. Viçosa: Ultimato, 2010. pág. 44.
4Bíblia Sagrada. Atos 17: 23. Tradução Almeida Revista e Atualizada.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

O Desafio de Evangelizar os Povos


Todos falam dos desafios culturais em se pregar o Evangelho a todos os povos e etnias, porém a maior barreira não tem vindo destas diferenças, mas sim de seus missionários.
Antigamente os missionários iam a outros povos com certas “exigências”, como a mudança radical da cultura daquele povo. Um grande erro, pois toda cultura tem pontos coerentes com a Bíblia, porém existem outros necessitando de mudanças. Na cultura brasileira falar algumas “mentirinhas” é algo comum e sem nenhum problema. Por mais que seja a cultura do país, isso biblicamente é errado. Mesmo entre os cristãos, essa tradição cultural é visivelmente encontrada em vários momentos.
Quando o missionário vai do Brasil para uma cultura que tem o conceito de que pequenas mentiras são erradas, acaba se chocando e pensando como uma cultura sem educação por dizer a verdade. Um brasileiro, a um tempo atrás, paquerou uma chinesa. Esta era minha professora de mandarim. Quando este fez isso, ela deu uma resposta que o magoou, porém ela foi honesta com ele. Ela disse que ele era muito velho para ela. Ela só disse a opinião dela para ele. Contudo, ele ficou ressentido com isso, justamente por falar a verdade. Na cultura chinesa isso é natural ser feito. Para eles falar a verdade mesmo o outro não gostando é o caminho certo. Neste aspecto eles estão corretos, sem precisar de ensinamentos bíblicos, pois a Bíblia já instrui a sempre falarmos a verdade.
Ao invés de aceitar isso, muitos missionários vão com o objetivo de mudar aquela determinada cultura, colocando a sua como se fosse a verdade absoluta, o que é um grande erro. No lugar de se fazer isso, o cristão deveria analisar, compreender e avaliar antes de agir. Existem pontos positivos e negativos em todas as culturas.
A maior barreira atualmente para o evangelismo tem sido a mentalidade de muitos cristãos com relação a missões, incluindo os próprios missionários que vão para os campos do Senhor. As Igrejas tem tido uma visão empresarial, como se precisasse expandir. Os missionários vão com o ideal de ter a absoluta verdade sobre tudo. Quando o missionário não dá resultados dentro do cronograma previsto pela Igreja, a Igreja pede a volta do missionário ou apenas para de contribuir com o trabalho.
Falta conscientizar tanto as Igrejas quanto os missionários, preparando-os melhor para os campos do Deus todo poderoso. Falta o amadurecimento cristão para se levar o Evangelho a todas as etnias do mundo. Falta investimento financeiro e material das Igrejas, pois esta é uma orde de Deus e por amarmos a Ele devemos cumprir. Infelizmente tem faltado tudo!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Cosmovisão no Contexto Missionário


Uma breve introdução


A cosmovisão é a forma de se enxergar o mundo. Cada cultura tem uma maneira diferente de compreender o mundo a sua volta. Com esta visão perspectiva, cada cultura enxerga de uma forma diferente. Por exemplo, para a cultura budista, se uma pessoa sofre em vida significa que na vida passada esta mesma pessoa foi alguém ruim, a ponto de precisar passar por sofrimentos para ser redimida do passado. Na cultura bíblica não existe este aspecto, ou seja a teoria do carma não existe e não tem nada a ver com o propósito de Deus.

Na cosmovisão cristã o sofrimento nos aproxima de Deus. Em todos os momentos onde os cristãos foram perseguidos foi aonde a Igreja mais cresceu, contrariando a teoria budista.

Hudson Taylor foi um grande missionário, levando o Evangelho aos chineses. Ao invés de impor um pensamento, primeiramente ele aprendeu o idioma, passou a se vestir igual aos chineses, aprendeu como eles pensam sobre o mundo para depois levar o Evangelho a eles. Na maior Igreja cristã do mundo, as pregações de Taylor dentro do contexto chinês fez com que esta Igreja crescesse mesmo após todos os missionários de lá serem expulsos. Hoje a maior Igreja cristã no mundo se concentra na China e esta está enviando missionários para outros países. Tudo graças a compreensão cultural de um missionário que entendeu a cultura e ensinou a verdade.

domingo, 25 de setembro de 2016

Abordagem do Missionário nos Campos do Senhor


Quando se fala de missões existe uma grande mentalização de questões romantizadas, onde o protagonista ampara e, de um lugar totalmente incrédulo passa a crer no Evangelho. Por vezes a visão se concentra no terror, onde missionários são mortos por grupos contrários a fé cristã. A mente dos cristãos se envolve nestas duas posições divergentes ao se pensar sobre esta temática tão importante.
Devido a isso, quando algum cristão é chamado a missões, sua visão acaba indo para uma destas duas vertentes, impedindo-o de ver algo novo. Ao mesmo passo, a maior parte dos missionários que são enviados retornam no primeiro ano, por estar encoutado a mente um destes dois pensamentos. O mais importante, por inúmeras vezes, acaba sendo esquecido, este é a Palavra de Deus.
Além deste fator missões, por inúmeras vezes, acaba tendo um resultado negativo, por conta, geralmente; da falta de preparo do missionário, o qual não tem as informações corretas sobre seu campo, padecendo a Verdade, ou, em muitas situações; passando um falso evangelho a quem escuta. Um simples exemplo é quanto à oração que Jesus ensinou-nos a dizer, o famoso Pai Nosso. Na parte que diz “... o pão nosso de cada dia...” faz muito sentido naquela época e um pouco menos para nós, porém ainda há sentido. Contudo em algumas culturas não existe o pão, então como explicar a estas pessoas o real significado destas palavras quando não compreendem o real significado da palavra pão. No tempo em que Jesus vivia entre nós, o pão era um alimento que não poderia faltar. Seja café da manhã, almoço ou janta o pão estava sempre presente. Poderia faltar algumas coisas, porém este alimento jamais faltava a mesa de ninguém, seja rico ou seja pobre. Aqui nesta oração Jesus deixa claro que no sustento diário é Ele quem está dando o suporte, amparando, cuidando.
Quando se entende o significado desta palavra fica mais fácil colocar uma palavra que faça sentido aquela cultura. Pode ser arroz, pode ser peixe, pode ser macarrão ou qualquer outra comida que, naquela cultura, não possa faltar nunca. O importante não é a palavra em si, mas o que ela significa realmente. Apresentar a realidade é o mais importante aqui.
A maioria dos missionários não recebe um preparo adequado, indo ao campo sem quase nenhuma informação sobre a situação daquela região. Quando tem alguma informação, na maioria das vezes são questões bem básicas como a quantidade populacional, religião e questões do tipo, porém poucas vezes vem com informações mais profundas, causando aborrecimentos àquela região. Por vezes uma determinada cultura se fecha ao Evangelho, mas, em muitas situações, se fecha por causa da abordagem do missionário. A forma de se aproximar àquela cultura pode aproximar ou afastar destas pessoas. Em algumas situações pode mostrar um deus carrasco ou um deus que gosta de matar. O cuidado com a abordagem garante uma correta mensagem da Palavra às pessoas abordadas.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Guerras, Fome, Perseguição e Alegria


Quando olho para o que está acontecendo, fico, de certa forma, desconfortável. Uma realidade triste, com muitos acontecimentos estranhos. Cristãos defendendo políticos investigados por corrupção, Igrejas aceitando propinas e vários outros acontecimentos absurdos.

Tudo isso já foi dito que iria acontecer pelo próprio Jesus. Vamos ler uma passagem bíblica para ver o que ela diz:

E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mateus 24:3-14)


Ao ler estes versículos, podemos compreender a realidade que nos rodeia. Vamos avaliar três aspectos deste texto e comparar com nosso dia.


1. Ouviremos rumores de guerras.


Podemos perceber que Jesus fala de haverem rumores, mas também acontecerem as guerras. Não é só rumores, como também ações concretas.

Lembro-me, na década de 90 da Guerra do Golfo, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque. Por que um país de um continente longe atacou o outro? Existiram muitas justificativas feitas para ter esta atitude, porém a verdade é mais simples, chama-se ganância. Os Estados Unidos queriam dominar o país por causa do petróleo. Eles queriam o poder de controlar o combustível que todos os países precisam. Na época eles disseram que a invasão foi por causa da opressão do governo sobre o povo, contudo esta foi apenas uma desculpa.

Como está escrito em Romanos 3:10-18

como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”

Desde o início, com a queda do homem; ao desobedecer a Deus o homem pecou. O homem é pecador e corruptível, por este motivo as guerras existem. Ninguém faz o bem.


2. Haverá fome.


Apesar de não gostarmos disso, existe fome no mundo. Por vezes fiz a pergunta do motivo de existir a fome. Quando estava no segundo grau, estudei um pouco de Geopolítica e ao estudar percebi que a quantidade de alimentos jogados fora anualmente daria para alimentar todos os famintos do planeta e ainda sobraria uma quantidade considerável. Com o passar do tempo percebi que aconteciam essas coisas porque o ser humano prefere segurar os alimentos em seus depósitos ao invés de doá-los a quem necessita. A preocupação passa a ser com o próprio bolso, ou seja, o dinheiro.

Em Romanos 3:12 diz: “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” Por este motivo Jesus diz que haverão fomes.


3. Perseguição aos cristãos.


Além das guerras e fome, os cristão serão perseguidos.

Ao olharmos os acontecimentos de nosso país, este está sendo o rumo de tudo. Os direitos tem valido a todos, exceto aos cristãos que passam a tudo serem acusados como preconceituosos ou perseguidores, quando na verdade é o oposto que tem ocorrido. Ao invés da Igreja preservar a Verdade independente da situação, ela tem esquecido para não entrar em conflito com ninguém, já que criará mal estar. Ao invés da Igreja ter sido a referência no Brasil, ela tem sido influenciada pela cultura.

Quando estudei a história da Igreja cristã, fiquei admirado com a fidelidade que a Igreja, pouco tempo depois de Jesus ressuscitar tinha. Eles foram mártires, morrendo sem jamais abandonar a fé. Determinados, perseverantes, sem jamais abandonar a fé.

Estas perseguições só irão provar quem é verdadeiramente cristão ou não, nada além disso. Os verdadeiros irão permanecer até o final, mesmo com risco de morte.


Conclusão:

Como Jesus disse neste texto de Mateus, o amor a Deus foi esquecido, abandonado. O mais importante é sempre a vontade de Deus e não a nossa. Em Apocalipse 12:10-12 diz:

"Então, ouvi grande voz do céu, proclamando:
Agora, veio a salvação, o poder,
o reino do nosso Deus
e a autoridade do seu Cristo,
pois foi expulso o acusador
de nossos irmãos,
o mesmo que os acusa de dia
e de noite, diante do nosso Deus.
Eles, pois, o venceram por causa
do sangue do Cordeiro
e por causa da palavras
do testemunho que deram
e, mesmo em face da morte,
não amaram a própria vida.
Por isso, festejai, ó céus,
e vós, os que neles habitais.
Ai da terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós,
cheio de grande cólera,
sabendo que pouco tempo lhe resta."

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A vitória cristã nos tempos de crise

Olhando a nossa volta, vemos muitas situações frustrantes. Algumas delas parecem desesperadoras, como tem acontecido com a situação de nosso país. Se olharmos a fragilidade econômica, ficaremos ainda mais desesperados, porque a situação está muito mais frágil do que o anunciado pelos jornais. A situação está beirando o pior de todos os acontecimentos do país.

Observando a história e os acontecimentos atuais, surge um desânimo em nossa mente, onde surge a sensação de ser necessário desistir. De fato, nada auxilia a possibilidade de querer permanecer, até mesmo em pensar diferente, principalmente para quem é cristão. No país que vivemos, ser cristão cada vez mais é ser motivo de discriminações, pois, por não compactuar com muitos acontecimentos atuais, os quais contrariam diretamente a Bíblia; somos rejeitados totalmente. Pensando nisso, podemos descrever alguns acontecimentos onde a Igreja Cristã já chegou a passar.

Ao ler 1ª Timóteo 2:1-8, o Apóstolo Paulo insentiva o jovem Timóteo a orar, interceder a Deus por todos, inclusive para os governantes de sua época. Ao olhar sobre isso, pode-se pensar que era uma vida fácil naquele tempo, mas irá ser analisado o que acontecina naquele tempo.

Para começo de conversa, o ano era aproximadamente 60 D.C., um ano em que quem era o Imperador do Império Romano era Nero. Nero era um Imperador compulsivo, onde foi reconhecido pela história como um Imperador louco. Só para ter idéia, Nero matou sua mãe, matou sua esposa. Além disso, ele também colocou fogo na cidade de Roma, acusando os cristãos de terem feito este terrorismo. Com isso, minhares de cristãos começaram a ser mortos a todo instante. Ser cristão era sinônimo de a qualquer momento ser morto. No período que Nero foi imperador, foram mortos mais de cem mil cristãos, todos eles crucificados ou lançados na arena para serem atacados por leões ou cachorros selvagens, além de serem mortos por gladiadores devidamente treinados. As possibilidades de morte aos cristãos neste período eram inúmeras, todas elas muito pesadas.

A economia do Império Romano não estava muito boa, pelo contrário, a população já estava desgostosa com o governo, a ponto de terem conflitos internos. Várias revoltas internas entre vários grupos étnicos da época já estavam fragmentando toda a estrutura romana. Alguns povos vizinhos a Roma, chamados de bárbaros, começavam a entrar pelas fronteiras desta civilização, gerando ainda mais tumultos. O povo começou a sentir pobreza e fome, sendo cada vez mais revoltados. Foi neste período que fora criado o sistema de "pão e circo", onde os cristãos eram mortos na arena de várias formas, sendo um entretenimento para a população; e todos quantos fosse assistir ao evento, ganhavam na entrada um pão razoavelmente grande. Isso aquietou um pouco a população, funcionando por pouco tempo. Por este motivo, entre vários outros, quando Nero incendiou Roma, colocando a culpa nos cristãos, a população se rebelou totalmente contra todo e qualquer cristão, pois os julgavam como destruidores de vidas. A raiva da população contra o governo foi lançada para os cristãos.

Quem escreveu 1ª Timóteo foi o Apóstolo Paulo. Neste tempo, Paulo estava em uma prisão por pregar o Evangelho. Não era só preso, mas ele tinha levado xicotadas nas costas, num total de 39 xibatadas. Provavelmente suas costas estavam doendo e sangrando muito. Naquele tempo, os prisioneiros não eram tratados, ou seja, existe a possibilidade desta ferida das costas ter infeccionado. Resumindo, a situação para Paulo estava bem complicada.

Mesmo estando nesta situação, ele insentiva a Timóteo a orar pelas autoridades, além de desejar o melhor. Depois de tanta crueldade com os cristãos, Paulo pede que Timóteo não fique com raiva ou revoltado com o governo, mas esteja pronto a orar para melhorar a situação. Paulo deixa claro que Timóteo deve fazer o seu melhor, com a prática do bem, orando e ensinando a Palavra de Deus, para que a Verdade transforme a vida das pessoas.

De fato, a situação do país não está boa, porém na história já tiveram momentos ainda piores. Os cristãos não devem desistir de seu propósito de levar a Palavra de Deus a todos. Logicamente, da forma como esta o país, a aceitação do verdadeiro Evangelho de Deus não é boa, porém, mesmo não sendo, nossos irmãos da Igreja Primitiva sofreram muito mais, nunca negando o Evangelho, sempre ensinando a verdade. Não podemos jamais desanimarmo-nos, ao contrário, "A alegria do Senhor é a nossa força". Deus nos ensina isso, não devemos desistir.

sábado, 6 de dezembro de 2014

O QUE É A PALAVRA DE DEUS?



Muitos estudiosos não cristãos declaram a Bíblia como uma história apenas para ler, mas sem conter elementos satisfatórios. Porém, nestas bases por estes estudiosos citadas, faltam comprovações concretas para este modelo de pensamento.

Muitos tendem a questionar se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus ou um livro escrito por mãos humanas. A explicação acaba não sendo tão simples, pois ambas estão certas. A Bíblia é cem porcento divina e cem porcento humana. A inspiração é de Deus, mas o próprio Deus permitiu a escrita de acordo com a compreensão humana. Por este motivo é cem porcento ambas. Deus inspirou para escrever, porém permitiu escrever em uma linguagem accessível, a fim de ser compreensível por todos.

Avaliando se realmente a Bíblia tem razão, vamos avaliar o texto de 2 Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” Se procurarmos compreender, iremos compreender melhor. A própria Bíblia diz que ela mesma é útil para ensinar e corrigir. Antigamente, no período antes de Cristo, se olharmos o Antigo Testamento, veremos vários conselhos que, sempre quando não foram seguidos, trouxeram consequências. Ao buscar de forma arqueológica, avaliando o período dos Escritos originais, poderemos concluir a idade do mesmo período que aconteceram os fatos. Nesta época, não se tinha a tecnologia nem o acesso a informação, como ocorre nos dias de hoje. Um exemplo disso é quando, na Bíblia, é declarado não poder comer nenhum animal com a pata fendada. Hoje, avaliando, o conhecimento científico comprovou a existência de vermes prejudiciais à saúde.

Esta análise foi um pequeno exemplo, pois não existia como conhecer certos aspectos. Avaliando tecnologicamente, nem sequer havia o conhecimento sobre microscópios, para avaliar uma peça de carne, por exemplo. Em suma, não havia como prever uma doença como esta, gerada por porcos. Observando isso, pudesse concluir a existência de um agente externo para orientar o povo de Israel, pois o conhecimento humano ainda não enxergava este aspecto. Desta forma, não existe outra explicação a não ser a revelação de Deus, orientando o povo.

Em 2 Pedro 1: 19-21 diz: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”

Como já foi demonstrado, não existia como saber de muitos acontecimentos, bem como suas consequências, porém houve um aconselhamento para não ser feito isso. Além disso, também existe a explicação de qual seria a consequência ao desobedecer a Deus. Muitas destes conselhos foram ditos dezenas de anos antes de acontecer. Portanto, não tem como dizer ter sido escrito no período do acontecimento, pois, inclusive com comprovação científica, demonstra ter sido escrito em um período muito anterior.

Isaías 8:20 descreve: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.” A explicação deve ser clara, por este motivo Deus permitiu a escrita de acordo com a compreensão humana, pois, se não fosse assim, não haveria entendimento. Como foi descrito “Para a lei e para o testemunho”, ou seja, sem uma explicação clara, não se pode atingir ocorreto entendimento.

Além disso, Deus escolheu pessoas para ajudar ao povo no caminho correto. Mesmo assim, muitas vezes, no decorrer da história, as pessoas não escutavam. Por isso, na Bíblia diz em Lucas 16: 29-31: “Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”. Quando uma pessoa não quer, mesmo sabendo qual o direcionamento correto, ela não quer mudar. Neste caso, Jesus estava falando justamente sobre isso. Os “doutores da lei” mesmo conhecendo, não aceitavam praticar os designos deixados pelos Profetas do Antigo Testamento. Não por não conhecerem, mas tão somente por teimosia. Por este motivo, Jesus deixa claro a indesculpabilidade deles.

Por causa do homem, no fundo de seu ser, procurar o preenchimento e ter a consciência da existência de Deus, mesmo com tudo isso ainda se tem uma tentativa de fuga a isso. Muitos negam a própria consciência por causa de motivos egoístas. Os judeus da época de Jesus faziam isso constantemente, para deixar o povo dependente deles.

A conclusão, pode ser encontrada em Gálatas 1:8-9, que diz: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue o evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.”. A palavra anátema quer dizer maldito. Se qualquer pessoa disser mais do que a Bíblia ensina, então é preciso descartar estas palavras.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Como se Sabe que Existe Deus?



Muitos cientistas gastam tempo para explicar os fenômenos científicos. Não só isso, mas também dedicam tempo para provar a não existência de Deus. Mesmo com tudo isso, nada se consegue provar.

Os cientistas partem de um pressuposto da não existência divina, no entanto não conseguem provar, de forma fundamentada desta teoria. Existem outros conceitos não provados, como a Teoria da Evolução. Como o próprio nome diz, é uma teoria, ou seja, uma possibilidade da qual não se consegue provar, só existe a chance de ser. Mesmo sendo uma hipótese, é aceita como uma verdade. Para sair do conceito de teoria, é preciso uma comprovação sólida. Só assim passa a se tornar uma lei , como é o caso da Lei de Newton. Por este motivo existe a diferença no momento de se falar cada uma das duas.

A partir disso, é lançada a pergunta deste texto: Como se sabe da existẽncia de Deus? Será que isso é realmente verdade? Pensando sobre isso, será explicada esta realidade. Basicamente, se sabe desta existência porque a natureza declara esta verdade, com uma harmonia sem igual. Outro ponto de demonstração, é justamente a busca humana por preencher algo em sua existência, mesmo sem ter a certeza exata do que é.

Em Romanos 1:19 – 20 lemos: “portanto o que de Deus se pode conhecer, é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens, são, por isso, indesculpáveis;”.

Desde a antiguidade, em todas as culturas existe a busca pelo sobrenatural. Sem compreensão clara, porém o ser humano busca a divindade. Não é algo aleatório, justamente é uma busca latente para um preenchimento. Os cientistas alegam que esta é a busca por informações, porém esta mesma pesquisa não para por si só, é sempre contínua e nunca satistafória, no entanto a busca por Deus, quando se faz dentro do cristianismo Bíblico, tem um preenchimento satisfatório, diferentemente de religiões não cristãs ou do ateísmo e suas vertentes. Aqui já entra uma certa clareza sobre este assunto.

1 Corínthios 3: 9 – 10 declara: “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”.

Aqui existe uma clareza sobre qual é o pensamento de Deus. Deus se revela, se mostra, porém não é conhecido. Apenas aqueles que realmente O amam conhecem sua natureza. Não são os religioso, nem os cientistas, muito menos qualquer outro pensamento, apenas quem ama verdadeiramente conhecerá profundamente a Deus. Não basta saber de Sua existência, é preciso ter amor profundo para conhecê-lo.

Em 2 Tessalonissenses 3: 15 – 17 diz: “Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão. Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circuntâncias. O Senhor seja com todos vós. A saudação é de próprio punho: Paulo. Este é o sinal em cada epístola; assim é que eu assino.”

Nesta passagem, o Apóstolo Paulo declara que não devemos considerar o próximo como inimigo, porém devemos orientá-los para conhecerem a Deus.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Fim Supremo do Homem


Dentro do estudo bíblico, muitos temas são esquecidos. São mencionados apenas alguns assuntos, porém os principais temas são deixados dentro do porão do esquecimento. Por causa disso, serão apresentados vários aspectos dentro da temática bíblica, as quais são baseadas no “O Catecismo Maior de Westminster”.

Neste livro, são colocados, de forma temática todos os principais assuntos da Palavra de Deus, facilitando um bom estudo. Por causa disso, este livro será a base dos próximos assuntos, proporcionando um melhor conhecimento sobre a Palavra.

Já parou para pensar qual é o fim do ser humano? Qual a finalidade da existência humana? Apesar de ser uma pergunta profunda, a resposta é relativamente simples. Neste breve estudo, será apresentado um motivo maior para a existência humana. Não nascemos apenas para trabalhar e morrer, mas com um propósito muito mais grandioso do que apenas uma breve passagem na Terra.

Nós nascemos para Glorificar a Deus. “Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A ele seja a Glória para sempre! Amém” (Romanos 11:30). Só existimos porque Deus nos fez. Se Ele não existisse, então jamais estaríamos vivos hoje. Por este motivo, nós devemos agradecer a Deus por estarmos aqui. Deus nos fez, permitiu que tivéssemos um lugar para morar, por isso, sem Ele, não teríamos nada, nem sequer nossas vidas. Por causa disso, devemos ser muito gratos.

De fato, a vida é difícil, porém Deus deixou o Mundo para administrarmos. O fato de ter muitos problemas numa esfera mundial não é culpa do Senhor, mas da administração do ser humano. Deus criou tudo perfeito. Por causa de tanto cuidado, devemos agradecer. A responsabilidade por administrar tudo é nossa, se administrarmos bem, colheremos um resultado bom, mas se cuidarmos do Mundo de forma errada, então iremos ter suas consequências, como temos visto em nossos dias.

Mesmo dentro da nossa limitação, tudo que fazemos deve ser realizado para a Glória de Deus. “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a Glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). Deus nos deu vida, Ele sempre nos ama, então o mínimo quanto podemos fazer é agradá-Lo. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (João 1:3). Este é um cuidado especial com o qual o Senhor sempre realiza. Em tudo Ele cuida. Se este cuidado nos é dado, então o mínimo é agradecer.

Já que, tudo é de Deus, foi Ele quem criou tudo; então precisamos pedir ajuda para o Senhor nos guiar. “Tu me diriges com o Teu conselho, e depois me receberás com honras. A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre” (Salmos 73: 24 – 26). Quem tem todo o conhecimento de tudo quanto existe? Quem desenvolve conhece tudo que fez, portanto se Deus criou tudo, então Ele sabe tudo. Então, o mais correto é pedir ajuda a quem conhece, o criador. Por este motivo, nós precisamos ser orientados por Deus.

Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste. Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha Glória, a Glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo” (João 17:22 – 24).

sábado, 25 de janeiro de 2014

Objetivo Soteriológico

Quando se fala da soteriologia (salvação em Cristo Jesus) se diz muitas coisas, mas o fato é simples. só um único caminho; e este é Cristo Jesus. Apesar de tantos dizerem muitas coisas, o problema está em compreender o que realmente é a Salvação. A salvação não é o fato de seguir a Cristo ou não. Isso é apenas consequência e não o objetivo.

O objetivo consiste em alguns aspectos, como irão ser citados abaixo.

Não é sua busca, nem o seu entendimento. A Salvação vem do esvaziamento próprio e isso é difícil para o ser humano realizar, pois queremos sempre estar no controle de tudo a nossa volta. Por este motivo, muitos não conseguem compreender o verdadeiro significado da Salvação. Não sou eu quem vivendo minha vida, mas é Cristo Jesus mostrando-me o que devo fazer. Meus sentimentos são importantes, mas agora são guiados por Deus, através do Espírito Santo, para o que realmente quero fazer. Não é mais eu como centro, porém é Cristo me mostrando qual o melhor caminho a seguir.

Outro aspecto importante é o fato de Cristo não ter morrido sonho na Cruz, porque a partir do momento que reconhecemos Ele como Senhor de nossas vidas também morremos naquela Cruz junto com Ele. Nao só isso, contudo também somos revividor porque Cristo ressuscitou. Não temos a capacidade de ressuscitar; somente Jesus teve esta capacidade por ser o único perfeito aqui na Terra, mas por causa de Cristo Jesus e o reconhecimento de Sua misericórdia, nós somos ressuscitados com Ele para uma nova vida.

Sem estes critérios não existe a verdadeira Salvação. Seguir a Cristo sem a esperança bíblica não existe futuro. A esperança bíblica consiste na entrega total de corpo, alma e espírito nas mãos de Deus, dando-lhe o poder total sobre sua vida.